Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2016

LITERATURA FEMINISTA: CRÔNICAS, (MINI)CONTOS, POEMAS, RESENHAS E MAIS!

"Eu levo cicatrizes em meu corpo", diz mulher após ver agressor virar 'herói' em manifestação feminista

Um caso recente de feminicídio na Argentina, no qual uma adolescente de 16 anos foi drogada, estuprada,  empalada e assassinada por no mínimo três homens, foi o estopim para que mulheres participantes de coletivos feministas convocassem protestos em várias cidades da América Latina, para pedir o fim da violência contra a mulher. Em meio aos protestos, convocados, liderados e lotados por mulheres, um homem ganhou visibilidade por conta de um cartaz que segurava: "Eu estou seminu, rodeado pelo sexo oposto, e eu me sinto protegido, não intimidado. Eu quero o mesmo para elas". Por conta do discurso "desconstruidão" o registro da participação do "feministo" viralizou nas redes sociais. Ele recebeu elogios de milhares de pessoas por estar sem camisa na rua e segurando um ''cartaz feminista''. Enquanto isso, com as mulheres da "Marcha das vadias"... vocês já sabem os discursos! O que muitas pessoas não imaginavam é que o &

Descubra se você seria considerada uma bruxa na Idade Média e perseguida pela Inquisição

Uma bruxa é geralmente retratada no imaginário popular como uma mulher velha, nariguda e encarquilhada, exímia e contumaz manipuladora de Magia Negra e dotada de uma gargalhada terrível. A palavra vem do verbo italiano bruciare que significa queimar (brucia), na época da Inquisição, estrangeiros fora da Itália ao ouvirem gritar brucia associaram a palavra com a ré. É inegável a conexão entre esta visão e a visão da Hag ou Crone dos anglófonos. É também muito popularizada a imagem da bruxa como a de uma mulher sentada sobre uma vassoura voadora, ou com a mesma passada por entre as pernas, andando aos saltitos. Alguns autores utilizam o termo, contudo, para designar as mulheres sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e, possivelmente, magia. ( Wikipédia, a enciclopédia livre )   Descubra se você seria considerada uma bruxa na Idade Média e perseguida pela Inquisição.  1. Você é mulher? Na época do apogeu a "caça às bruxas" bastava ser mulher para ser ac

O cara que diz que não é machista, mas... é

Diz que não é machista porque nunca estuprou ou assassinou nenhuma mulher, mas já agrediu física, verbal, psicológica e emocionalmente; assediou, humilhou, maltratou, inferiorizou, silenciou, subordinou, censurou... Não abre mão do pornozão... acha que homem tem que ganhar mais mesmo, homem é homem né? acha que o empregador pode escolher não contratar mulheres porque mulheres (cis) engravidam (com o dedo?)... acha graça de piadas machistas feitas pelos amiguinhos na mesa de bar... é só uma piada, tem que levar na esportiva... passa a mão na cabeça do coleguinha de trabalho que vive assediando as colegas... acha que a mulher que veste roupa curta é vadia e se sente no direito de cagar regra na vida da companheira...  Legitima assédio dizendo que cantada de rua é arte... arte que nenhum gay pode praticar com ele! Diz que nada justifica estupro, mas problematiza o tamanho da roupa das vítimas, onde elas estavam, o horário etc. O que aquela vadia estava fazendo naquele lugar? À

Sobre ser feminista...

Ser feminista e escolher não se depilar, não usar maquiagem, não querer casar, não ter filhos... tudo bem. Agora, ser feminista e escolher se depilar, usar maquiagem, casar (seja com homem, com mulher, com pessoa não-binária), ter filhos... tudo bem também.  Você é feminista para tentar conscientizar as mulheres das possibilidades de escolhas a respeito da vida delas ou você é feminista para impor suas escolhas na vida alheia? É óbvio que padrão de feminilidade deve ser problematizado, desconstruído, mas isso requer recorte social, de gênero, racial, estético etc.  Para mulheres magras/cis/brancas (ou seja, mulheres padrão de beleza) é bem mais fácil fugir da performatividade de gênero feminino que para as mulheres gordas/trans/negras... que no geral já são preteridas socialmente.  Para mulheres de classe social privilegiada é bem mais fácil condenar a moça pobre por performar feminilidade, afinal não é ela que corre o risco de ficar sem emprego caso a aparência dela seja a

Hétero-cis-normatividade, o que é?

Nossa sociedade é hétero-cis-normativa. Isso significa que a heterossexualidade e cisgeneridade são compulsoriamente impostas. Não, não estou dizendo que vocês, heterossexuais-cis, são héteros-cis por compulsão. Quero dizer que há um sistema social que designa TODO MUNDO como sendo hétero-cis ANTES MESMO do nascimento e posteriormente tudo o que foge disso é considerado anormal, imoral e, em muitas sociedades, ilegal.  Antes mesmo de a pessoa nascer, desde o ultrassom, quando é identificado que ela tem pênis ou vagina, há imediatamente uma marcação sexual e de gênero: se tem vagina, vai ter que ser menina, se comportar como é concebido e estabelecido socialmente como "comportamento de menina'' e, por isso, vai ter que gostar de menino; se tem pênis, vai ter que ser um menino, se comportar como é concebido e estabelecido socialmente como "comportamento de menino'' e, por isso, vai ter que gostar de menina. E aí, quando a pessoa com vagina ou com pênis

Feminismo para crianças

Brincadeira de criança... Feminismo é um movimento social, político e filosófico que, em síntese, busca o fim do patriarcado, isto é, o sistema de dominação-exploração da mulher pelo homem/cis, para, desta forma, conseguir a equidade social, política e econômica entre os gêneros. Essa definição, muitas vezes entendida apenas de forma genérica, não explicita como se manifestaria essa igualdade política e social entre os sujeitos, muito menos, aponta para as especificidades de tais sujeitos, sobre quem são e como são constituídos socialmente.  Como consequência primária desse quadro, os sujeitos para os quais busca-se a tal equidade se resumem, no nosso pensamento e discurso, na maioria das vezes, as mulheres e homens adultos, não me atrevo nem a apontar que a existência de pessoas não-binárias seja visibilizada em tal discurso. Secundariamente, invisibiliza grupos sociais historicamente marginalizados e silenciados, como a população infanto-juvenil, sobretudo a infanta. Crianç