Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2015

LITERATURA FEMINISTA: CRÔNICAS, (MINI)CONTOS, POEMAS, RESENHAS E MAIS!

Movimento que pede fim dos "privilégios" para pessoas com deficiência já pode encontrar a noção, pois o ridículo já tem

Outdoor promovido pelo Movimento Pela Reforma dos Direitos Dos criadores de "eu não tenho culpa de ter nascido branco", "eu não tenho culpa de ter nascido hétero", "eu não tenho culpa de ter nascido homem/cis", a nova onda é "eu não tenho culpa de não ter nenhuma deficiência", novo lema de um grupo anônimo de, provavelmente, direita reacionária (pleonasmo!) que pede fim dos direitos básicos das pessoas com deficiência. Sempre que minorias políticas conquistam direitos, antes privilégios da maioria política, elas são acusadas de terem privilégios (que grupos hegemônicos sempre tiveram). População ALGBT+ conquistando direitos = ''privilégios''. População negra conquistando direitos = ''privilégios''. População feminina conquistando direitos = ''privilégios''. Com as pessoas com deficiência, minorias políticas, estigmatizadas socialmente, também não foi/é diferente. Um outdoor, pro

Por que as mulheres reproduzem machismo?

Me ensinaram a pensar assim... e agora? Por que as mulheres reproduzem machismo? Quais os mecanismos discursivos de (re)produção e sustentação da ideologia machista? Mulheres podem ser machistas mesmo não se beneficiando do machismo? Reproduzir machismo equivale a ser machista?  E stas foram algumas perguntas que me fiz há alguns anos quando comecei a ter contato mais íntimo com o movimento feminista ao mesmo tempo em que comecei a me dar conta de discursos machistas que eu reproduzia mais inconscientemente que conscientemente. Porém, somente a cerca de um ano eu comecei a ter respostas mais embasadas, teoricamente falando. Apesar de saber que nós mulheres reproduzimos machismo porque desde que nascemos nós somos inseridas numa sociedade machista que condiciona nossos pensamentos para que a ideologia machista seja internalizada e aceita por nós, isso nunca me bastou. Não me bastou porque mesmo depois de saber que nós somos ensinadas a reproduzir machismo, mesmo de forma

Putas

Dizem-nos Putas! Vadias! Piranhas! Promíscuas! Rodadas! Vulgares! Quengas! Piriguetes! Vagabas! Para nos envergonhar. Para nos inferiorizar. Para nos culpabilizar. Para nos restringir. Para nos limitar. Dizem-nos Putas! Vadias! Piranhas! Promíscuas! Rodadas! Vulgares! Quengas! Piriguetes! Vagabas! Porque numa sociedade machista é inadmissível ver mulher transando  quando ela quer, porque ela quer, com quem ela quer. Com quantos ela quer, por que não? Dizem-nos Putas! Vadias! Piranhas! Promíscuas! Rodadas! Vulgares! Quengas! Piriguetes! Vagabas! Porque fazem de erro, pecado, dor, abominação, termos vida sexual igual ou melhor que a dos homens... Ah, os homens,  seres superiores, parrudos,  bafejados, eloquentes,  sapientes,  loquazes,  e majestosos. Só que não. Não mesmo. E dizem-nos Putas! Vadias! Piranhas! Promíscuas! Rodadas! Vulgares! Quengas! Pir

Quem tem medo de puta? ou Pai, afasta de mim esse slut-shaming

Dizem-nos Putas! Vadias! Piranhas! Promíscuas! Rodadas! Vulgares! Quengas! Piriguetes! Vagabas! Para nos envergonhar. Para nos inferiorizar. Para nos culpabilizar. Para nos restringir. Para nos limitar. Dizem-nos Putas! Vadias! Piranhas! Promíscuas! Rodadas! Vulgares! Quengas! Piriguetes! Vagabas! Porque numa sociedade machista é inadmissível ver mulher transando  quando ela quer, porque ela quer, com quem ela quer. Com quantos ela quer, por que não? Dizem-nos Putas! Vadias! Piranhas! Promíscuas! Rodadas! Vulgares! Quengas! Piriguetes! Vagabas! Porque fazem de erro, pecado, dor, abominação, termos vida sexual igual ou melhor que a dos homens... Ah, os homens,  seres superiores, parrudos,  bafejados, eloquentes,  sapientes,  loquazes,  e majestosos. Só que não. Não mesmo. E dizem-nos Putas! Vadias! Piranhas! Promíscuas! Rodadas! Vulgares! Quengas! Pi

Por que interseccionalidade no feminismo importa, miga?

Interseccionalidade no feminismo importa porque podemos ser todas mulheres e isso já nos traz algo em comum. Anatomia? N Ã O! Leitura anatômica é cisnormativa. Nem toda mulher é cisgênero. Me refiro ao lugar que todas nós ocupamos na opressão de gênero: o lugar da subordinação-exploração. Nós somos subordinadas. Nós somos exploradas. Nós somos inferiorizadas. Nós somos o grupo oprimido em contraste com o grupo opressor-dominante no sistema hierárquico de opressão, isto é, o grupo que por ter o poder nas relações sociais de dominação-exploração de gênero é privilegiado NESSE sistema: homens/cisgêneros*. Diante disso, fica evidente que toda mulher, independente da condição de gênero (cis ou trans), raça/etnia, sexualidade, idade, peso, altura, classe social... SOFRE com o machismo/misoginia/androcentrismo/falocentrismo vulgo Patriarcado. Em algumas isso pode ficar mais evidente que com outras, mas independente dos condicionamentos a que estamos expostas, toda