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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

LITERATURA FEMINISTA: CRÔNICAS, (MINI)CONTOS, POEMAS, RESENHAS E MAIS!

Por que gordofobia existe, mas magrofobia não?

Todas as mulheres (na verdade todas as pessoas, mas, por questões de gênero, farei esse recorte) sofrem ou estão sujeitas a sofrerem com a PRESSÃO ESTÉTICA resultante da idealização de beleza imposta pela indústria capitalista da beleza/moda, na qual a imagem do corpo feminino vira objeto de compra-venda e, consequentemente, a ideologia revestida nela faz com que as mulheres tenham suas autoestimas prejudicadas pelo que é imposto como bonito e ideal a ser seguido e alcançado para realização/felicidade plena delas, o que geralmente enquadra-se no padrão branco, cis e magro.  TODAVIA, nem todas as mulheres sofrem com algo estruturalmente e metodicamente instituído em sociedade para discriminar, segregar, inferiorizar, patologizar e excluir EM MASSA um determinado padrão de mulheres não-padrão de beleza, que é, por exemplo, o das mulheres gordas, sejam elas brancas, negras... altas, baixas... cis ou trans. Esse algo pode ser chamado de OPRESSÃO ESTÉTICA, pois há uma instituci

Tire seu preconceito do nosso cabelo que nós vamos passar!

       Ninguém é obrigado a achar cabelo cacheado/crespo bonito. Aliás, ninguém nunca foi e, provavelmente, nunca será obrigado a isso. Todavia, esse discursinho de ''é só uma questão de gosto'' não deve ser usado para discriminar e ofender quem tem cabelo cacheado/crespo nem para legitimar discursos e atitudes racistas ou preconceituosas. Até porque ''gosto'' é construção psicossocial e cultural. O gosto é padronizado, o gosto da massa é branco, é magro, é elitizado. Não é coincidência. Ninguém nasce achando cabelo liso mais bonito, pele branca mais bonita, corpo magro mais bonito etc. Ninguém nasce achando cabelo cacheado/crespo feio, pele negra feia, corpo gordo feio etc. Tudo é uma questão de internalização, aprendizado e interação com a sociedade e com a cultura. Isso não significa que você deve “desgostar” de uma coisa porque ela é padrão e gostar necessariamente de algo que não o é. Significa repensar e reavaliar os próprios gostos, as próprias i